Poiesis Urbana

23.6.05

E se pessoas fossem anjos, anjos sem asas, anjos sem Deus e sem pecados. E se, privados do vôo de Ícaro, buscassem eternamente, de todas as formas, essa liberdade, esse desprendimento dos solos e dos sólidos, dos meios e dos fins. E se a única maneira de aplacar essa angústia fosse, de bom grado, vendar os olhos, amarrar as mãos às costas e trancafiar-se em um calabouço, em outro anjo. O amor.